Ac. José Edu Rosa

Os octogenários da Academia Catarinense de
Odontologia
O renomado cientista brasileiro radicado nos Estados Unidos, Marcelo Gleiser, abre o seu recente livro “A ILHA DO CONHECIMENTO”, com a seguinte frase: “o que define o ser humano é a sua curiosidade, é o querer saber sempre mais sobre o mundo e sobre si mesmo”.
Trata-se de um conceito lapidar, sentido pela maioria das pessoas no avançar de sua idade cronológica.  A presente curiosidade, geralmente, manifesta-se mais evidente quando é rompida a barreira dos oitenta anos. Idade cabalista que costuma marcar profundamente aqueles que o destino permitiu a ultrapassagem do portal dos oitenta anos, consolidando a velhice e assustando com o horror da decrepitude.
O olhar pelo retrovisor da existência e revisitando o passado, geralmente somos surpreendidos pelos acontecimentos vivenciados. Agora no vislumbre temporal distante, o passado aparece com o sabor saudosista aos enfrentamentos acontecidos.
Nesse horizonte de o tempo, é permissível uma abordagem pessoal na tentativa de ilustrar o texto. Embora já faça dois anos da travessia do portal dos oitenta anos, somente agora caiu à ficha e a realidade apareceu com força total.  O despertar para a nova idade transitou por um caminho pedregoso, cheio de obstáculos que dificultaram acreditar na realidade, apesar de próprio da existência. Quando se completa 30 anos de idade, é comum pensar em uma perspectiva de duração da existência. O desejo é um tanto medíocre para estabelecer a fronteira temporal. Trinta anos, um pouco mais, um pouco menos. Quando a idade avança e ultrapassa os 40 anos de vida, o desejo de sobrevivência aumenta. São mais anos desejados para aliviar a intensa labuta da idade vigente. De repente se chega à extraordinária década dos setenta. Idade de avaliação. De ansiosidade. De preocupação com a proximidade da “ceifadeira”. Mas, também, de uma época de alegria. De satisfação de ver os filhos criados e, de provável estabilidade financeira, permitindo a tranqüilidade quanto às necessidades do cotidiano.
Concluindo essa introdução necessária, dirigimos os holofotes para o cerne da questão de os nossos octogenários. Não são muitos. Apenas nove, nomeados pela idade cronológica: Vinício Olinger (1924- 6 de agosto – 90 anos), Regino Antunes Maciel (1925 - 17 de março – 90 anos). Hercílio Pedro da Luz (1926 – 29 de junho – 89 anos), Osny Lisboa (1930 – 18 de janeiro – 85 anos), Carlos Alberto Pinto da Luz (1931 – 30 de outubro – 83 anos), Adercio Miguel Domingues (1932 – 27 de abril – 82 anos), José Edú Rosa (1932 – 27 de junho – 82 anos), Juarez Philippi (1933 – 16 de fevereiro – 82 anos) e Jorge Seara Polidoro (1934 – 26 de julho – 80 anos). Seis são Fundadores e três são Titulares. Todos com extensa folha de serviços prestados a Academia Catarinense de Odontologia. Todos usufruindo o privilegio de alcançarem essa idade avançada.
Faça da passagem do tempo uma conquista e não uma perda
A experiência adquirida com a soma dos anos pode ser expressa em uma única frase buscada na sabedoria árabe: “Confie em ALA, mas amarre o seu camelo”.
Ac. José Edú Rosa
Texto escrito a pedido do Ac. Jorge Seara Polidoro

O renomado cientista brasileiro radicado nos Estados Unidos, Marcelo Gleiser, abre o seu recente livro “A ILHA DO CONHECIMENTO”, com a seguinte frase: “o que define o ser humano é a sua curiosidade, é o querer saber sempre mais sobre o mundo e sobre si mesmo”.

Trata-se de um conceito lapidar, sentido pela maioria das pessoas no avançar de sua idade cronológica.  A presente curiosidade, geralmente, manifesta-se mais evidente quando é rompida a barreira dos oitenta anos. Idade cabalista que costuma marcar profundamente aqueles que o destino permitiu a ultrapassagem do portal dos oitenta anos, consolidando a velhice e assustando com o horror da decrepitude. 

O olhar pelo retrovisor da existência e revisitando o passado, geralmente somos surpreendidos pelos acontecimentos vivenciados. Agora no vislumbre temporal distante, o passado aparece com o sabor saudosista aos enfrentamentos acontecidos.

Nesse horizonte de o tempo, é permissível uma abordagem pessoal na tentativa de ilustrar o texto. Embora já faça dois anos da travessia do portal dos oitenta anos, somente agora caiu à ficha e a realidade apareceu com força total.  O despertar para a nova idade transitou por um caminho pedregoso, cheio de obstáculos que dificultaram acreditar na realidade, apesar de próprio da existência. Quando se completa 30 anos de idade, é comum pensar em uma perspectiva de duração da existência. O desejo é um tanto medíocre para estabelecer a fronteira temporal. Trinta anos, um pouco mais, um pouco menos. Quando a idade avança e ultrapassa os 40 anos de vida, o desejo de sobrevivência aumenta. São mais anos desejados para aliviar a intensa labuta da idade vigente. De repente se chega à extraordinária década dos setenta. Idade de avaliação. De ansiosidade. De preocupação com a proximidade da “ceifadeira”. Mas, também, de uma época de alegria. De satisfação de ver os filhos criados e, de provável estabilidade financeira, permitindo a tranqüilidade quanto às necessidades do cotidiano.

Concluindo essa introdução necessária, dirigimos os holofotes para o cerne da questão de os nossos octogenários. Não são muitos. Apenas nove, nomeados pela idade cronológica: Vinício Olinger (1924- 6 de agosto – 90 anos), Regino Antunes Maciel (1925 - 17 de março – 90 anos). Hercílio Pedro da Luz (1926 – 29 de junho – 89 anos), Osny Lisboa (1930 – 18 de janeiro – 85 anos), Carlos Alberto Pinto da Luz (1931 – 30 de outubro – 83 anos), Adercio Miguel Domingues (1932 – 27 de abril – 82 anos), José Edú Rosa (1932 – 27 de junho – 82 anos), Juarez Philippi (1933 – 16 de fevereiro – 82 anos) e Jorge Seara Polidoro (1934 – 26 de julho – 80 anos). Seis são Fundadores e três são Titulares. Todos com extensa folha de serviços prestados a Academia Catarinense de Odontologia. Todos usufruindo o privilegio de alcançarem essa idade avançada.

Faça da passagem do tempo uma conquista e não uma perda

A experiência adquirida com a soma dos anos pode ser expressa em uma única frase buscada na sabedoria árabe: “Confie em ALA, mas amarre o seu camelo”.

Ac. José Edú Rosa

Texto escrito a pedido do Ac. Jorge Seara Polidoro